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Libano, Japao, Australia

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A nuvem

       Eu continuava a observar aquela nuvem, ela era diferente de todas as outras, ela se movia e mudava de forma como se tivesse força própria, como se ela controlasse os seus movimentos. Eu tentava comparar ela com as outras nuvens mas não dava afinal as outras nuvens eram tão fracas que nem mudavam de lugar.
       Ela se movimentava de forma tão livre, tão alegre tão... Tão nuvem, tão ela mesma sem querer ser igual as outras nuvens que era tão tristes, tão presas, tão iguais.
       Eu nunca havia reparado no como as nuvens são iguais, acho que só reparei desta vez pois ela era ela mesma e fazia o que quisesse sem se preocupar com o que iriam pensar com "nossa que nuvem estranha" ou "nossa que nuvem exibida".
       Espera um pouco, por que estou falando isso se nuvem não tem vida?

sábado, 2 de abril de 2011

Quanta saudade eu sinto...

         Infância, ai que saudades eu tenho de quando morava em um prédio no butantã duas ruas acima da casa da minha avó, quanta saudade eu tenho da época que sempre que o vendedor passava na rua oferecendo chinelos para todo mundo que via e eu observava dando risada, quanta saudade eu tenho de quando eu não sabia chutar uma bola de borracha direito, quanta saudades eu tenho das vezes que eu pedia pizza na esperança que se comesse bastante viraria um "Power Ranger", quanta saudades eu tenho das vezes que fazia clubinhos com meus amigos do prédio, quantas saudades eu sinto de observar meu pai vendo filmes que eu não entendia nada, quanta saudade eu sinto de ouvir a minha mãe fazendo vozes engraçadas para diferentes personagens do livro, quanta saudade eu sinto de chegar da escola com a roupa encardida de terra combinando com meu tênis novinho, quanta saudade eu sinto de chegar na escola primeiro e ficar me exibindo por isso, quanta saudades eu sinto em dizer que ganhava dois presentes por que meus pais eram divorciados, quanta saudades eu sinto em deitar no mato sem ligar se estava com a roupa que iria usar no casamento, quanta saudade eu sinto de me lambuzar inteiro de chocolate e dar risada junto com quem ria de mim, quanta saudade eu sinto em dizer "balata" ao invés de barata, quanta saudade eu sinto em colecionar cartinhas de " Yu-gui-oh" e "Bei Blaide" e logo depois perder todas  elas em quanto jogo bafo com meninos mais velhos do que eu, quanta saudade eu sinto em pensar que era o papai noel, fada dos dentes e coelhinho da pascoa que me davam presentes, quanta saudade eu sinto em pensar que quem não sabia a raiz quadrada de 9 era "burro", quanta saudade eu sinto em dizer que escovava os dentes com pasta de dentes mais ardidas, quanta saudade eu sinto em empilhar os pratos iguais, quanta saudade eu sinto de pensar que eu poderia ter um digimon se fosse comportado, quanta saudades eu sinto da minha irmã implicando com migo e se passando por santa, quanta saudade eu sinto em dizer que tenho um irmão mais novo, quantas saudade eu sinto de ser criança.